Hidrogénio Verde em Sines só arranca em 2026

O projeto de Hidrogénio Verde em Sines é uma das iniciativas em Portugal voltadas para a transição energética e a descarbonização. De acordo com as informações disponíveis, o arranque efetivo da produção de hidrogénio verde em Sines está previsto para 2026, o que permitirá que Portugal avance na produção de energia renovável e na redução das emissões de carbono.

Este projeto é parte de uma estratégia mais ampla para promover o uso de hidrogénio como uma fonte de energia limpa, essencial para diversos setores, como o da mobilidade, indústria e aquecimento. O hidrogénio verde é produzido através da eletrólise da água, utilizando eletricidade gerada a partir de fontes renováveis, como a solar ou a eólica.

O desenvolvimento do projeto pretende também contribuir para a criação de empregos e para o crescimento económico da região, além de posicionar Portugal como um líder na produção e exportação de hidrogénio verde na Europa. 

O desenvolvimento de projetos de hidrogénio verde em Sines tem sido alvo de investimentos significativos por parte de várias empresas, com o objetivo de posicionar Portugal como um líder na produção de energias renováveis.

Hidrogénio verde – Detalhes adicionais sobre os principais projetos em curso
GalpH2Park da Galp
  • Investimento e Capacidade: A Galp está a investir cerca de 250 milhões de euros na instalação de um eletrolisador de 100 MW na refinaria de Sines. Este projeto visa substituir o hidrogénio cinzento atualmente utilizado por hidrogénio verde, contribuindo para a descarbonização das operações da refinaria.
  • Estado Atual: Apesar de ter recebido aprovação ambiental em junho de 2023, o projeto enfrenta atrasos devido à falta de ligação elétrica à rede, com o início da produção agora previsto para o segundo semestre de 2026.

 

Projeto da Neogreen Hydrogen
  • Investimento e Capacidade: A Neogreen Hydrogen, em parceria com a Frequent Summer, planeia investir mais de 1.000 milhões de euros na construção de uma fábrica de hidrogénio verde em Sines. O projeto prevê a instalação de um eletrolisador com capacidade superior a 500 MW, destinado à produção de hidrogénio verde e combustíveis derivados.
  • Estado Atual: A empresa assinou um contrato de reserva de 10,5 hectares em Sines e estima que a fábrica possa criar cerca de 2.500 empregos diretos e indiretos. A decisão final de investimento estava prevista para o final de 2023, com o início da produção apontado para 2026.

 

MadoquaPower2X
  • Investimento e Capacidade: O consórcio internacional MadoquaPower2X, liderado pela Madoqua Renewables, anunciou um aumento do investimento para 2.800 milhões de euros em unidades de produção de hidrogénio e amónia verdes em Sines. O projeto prevê a instalação de uma capacidade de produção superior a 1 GW, com o objetivo de produzir 50.000 toneladas de hidrogénio verde e 500.000 toneladas de amónia verde anualmente.
  • Estado Atual: O projeto está em fase de desenvolvimento, com o início da produção previsto para 2026. Este investimento posiciona-se como um dos maiores na área de hidrogénio verde em Portugal.

Estes projetos refletem o compromisso de Portugal na transição energética e na promoção de fontes de energia sustentáveis. Apesar dos desafios e atrasos enfrentados, especialmente no caso da Galp, a concretização destas iniciativas poderá consolidar Sines como um hub estratégico para a produção de hidrogénio verde na Europa.

Conclusão

O desenvolvimento de projetos de hidrogénio verde em Sines enfrenta alguns desafios, mas continua a ser uma aposta estratégica para Portugal. Embora os prazos tenham sido adiados, especialmente no caso do projeto da Galp devido à falta de ligação elétrica à rede, as iniciativas previstas para arrancar em 2026 mantêm um enorme potencial para consolidar o país como um hub europeu de energia verde.

Principais pontos concluidos:

Desafios e atrasos: A falta de infraestrutura elétrica adequada e a complexidade do licenciamento ambiental têm impactado os cronogramas de execução, levando ao adiamento dos projetos para 2026.

Investimentos significativos: O volume de investimentos, que ultrapassa os 3 mil milhões de euros, demonstra o interesse de grandes empresas nacionais e internacionais em tornar Sines uma referência na produção de hidrogénio verde. Projetos da Galp, Neogreen Hydrogen e Madoqua Renewables são exemplos do forte compromisso empresarial. 

Impacto Económico e Social: A criação de milhares de empregos diretos e indiretos reforça a importância económica e social destes projetos para a região de Sines e para Portugal como um todo. A produção de hidrogénio verde poderá reduzir a dependência de combustíveis fósseis e ajudar na descarbonização da indústria.

Posicionamento estratégico: Sines tem potencial para se tornar um dos maiores centros europeus de hidrogénio verde, aproveitando a localização privilegiada e as infraestruturas portuárias para exportação. O sucesso destes projetos poderá posicionar Portugal como um líder na transição energética dentro da União Europeia.

Reflexão final

Embora o atraso para 2026 represente um desafio, os projetos de hidrogénio verde em Sines continuam a ser promissores e refletem a ambição do país em liderar a produção de energia sustentável. A convergência de investimentos públicos e privados, aliada à cooperação internacional, será fundamental para que Portugal alcance as suas metas climáticas e fortaleça a sua independência energética.

Fontes: startsimple; jornaldenegocios; expresso.

Imagem de destaque: freepik.

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